quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Cena # 1978 - Do Reino de Deus...


,Come cada um do que e nu cu gosta acredita quem quiser: alugo baralhos de tarot, runas e cartas ciganas,
Há malta que gosta que lhe atirem areia e, nu resto, lhe enfiem os dedos.
Foi no verão de 82,

Verão que fiz bem: um calor dos diabos, Ele há coisas do rápido.,
Sozinho em casa da minha mãe, refastelado no velho sofá da sala, ia o Itália-Brasil, dos quartos e do 4-3, na segunda parte: na altura, não perdia um jogo,
E o Brasil também não.
Hoje o tempo é precioso, não vou à bola:



Alguém insistiu na campainha, a minha mãe ou a minha irmã,
Desci de cuecas, e só não as chamei de filha, para não se ofenderem as duas.

À porta, duas aves raras, a generala e a outra que se juravam testemunhas, pela idade, dos milagres da Nossa Senhora de Lourdes:
- Boa tarde, vimos do Reino de Deus...


Não conheço. E tenho raiva,
- Vinde é do Reino do Caralho!!: vão de retro, que estou a ver a bola!



Dobraram o portão em ângulo reto, as pernas andavam à frente delas.,

Creio que o Reino de Deus era para a direita, ali para os lados da Ostra e da vivenda do bruxo, na Daniel de Sousa…



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