Cenas da Vida Familiar
Jorge dos Santos Forreta. Médico.
terça-feira, 11 de dezembro de 2018
Cena # 1964 - A Classe 72-77.
(À Professora Dela, anagrama de Elda para manter o anonimato,
- O menino nunca há de escgevege duas linhas seguidas.
Mas Dela, que escrevia tão bem coiso e tal, nunca vi nada escrito.)
Quando nos juntamos é assim: guelembgamos os tempos do liceu,
A prof de História que engolia antirepressivos, a vesga que fazia experiências de revirar os olhos, a boazona de Introdução à Política que tinha os votos de meia turma e o outro, saído do hospital da Couve Lombarda,
- E a velha Dela que tgocava os erres pelos gês, Gagete, Hegulano?!
- Isso!, Mas na malta da cagalhada, Bocage e Gil Vicente, não se enganava ela!
Fugiu-lhe a boca para a verdade,
Fernão Mendes, Pintor a quem não convinha a censura à presença portuguesa em terras do Oriente: bifar, violar, escravizar,
Três armários de mentira, seiscentos hímenes fingidos,
Inês com o bacalhau, à Brás da Mata, trancado a sete chaves,
O Corregedor que abarbatava perdizes e o Procurador pilha-galinhas, chamem-lhe Parvo:,
A um frade escaralhado,
(...) El sabe arreitar de foder
(...) E faze filhos assaz
(...) Tem-ca lhe parirom três em um dia
E outras muito prenhadas que t,
As cantigas de escarnio, embuchadas de duplo sentido, caralho para a frente e por trás,
Em comparação, os Poemas Ingleses são brincadeira de criança,
Bocage, o putanheiro que comeu, bebeu e, adivinhem,
É pau, é rei dos paus, não marmeleiro e não parava no Limoeiro, para carvalho falta-lhe o v, e quem desvendar,
O Anastácio das Lombrigas, arrimado para a cadeia da Relação por ter emprenhado Ana Plácido, registado o filho a favor do corno Pinheiro Alves, tal e qual tio,
O Simão Botelho amocado, em casa de ferreiro espeto de pau queria-o a Marianinha e ele a jogar às cartas com a Teresa,
O rei de Melinde ouviu a história da boca de Vasco da Gama, embasbacado com D. Pedro que desposara D. Constança e se apaixonara pela companhia daquela, a outra,
A Castro, amor louco, todos temos um pouco,
Fantasmas,
D. João, o espetro hamlético e sebastianista, ausente presente,
O palácio a arder, condignamente iluminado para receber os governadores felipinos, sexta-feira, 13 a idade de Maria,
D. João desapareceu em 1578, é só somar os dígitos, 21 igual a 13+1+3+1+3, reaparece o Romeiro, 21 anos depois, lá está, 13+1+3+1+3,
Desesperou, sem chorar, 7 anos (1/3), por ele, numa espera infrutífera: sem fruta, remoeu o passado,
Jorge de Sena, às voltas com as contas d'Os Lusíadas,
Assegugava a Elda, e Dela já se espera,
- Quando o homem sonha, é possível!: é só juntage dois mais onze e tudo bate cegto!
Era tgamada,
- Morava perto de nós, nunca lhe conheci marido... - atrasou a Lena,
Uma vez...,
Esgueirava-me e reentrava na sala de aula, eu e as outras mais católicas do que eu!,
Empoleirada na carteira, espiolhava o pátio dos rapazes quando fui apanhada pela Elda:Dela nem dei pela entrada, só pelo puxão na bata e pelo sermão,
- Menina Mouguinho, é poge estas e poge outgas qua as cagueteigas apaguessem todas paguetidas!!
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