Foi há anos e foi onde quiserem:
Calhou que o Vitória foi ao Jamor, jogar a final da taça: organizaram-se excursões desde a cidade-berço. A Paulina, mulher sabida e sabia disto, organizou a festa: na casa dos 50 anos mais coisa e menos vergonha, vistosa e pelos vistos descarada, vestida pouco e vestido a condizer com pouco gosto, mas com muito gosto para o resto, os namorados vêm. E vão.
Não é menina de berço: a Paulina contava "acompanhar" o chefe, de olho nu chefe esperava marcar mais um golo e ganhar a promoção, mas ele desmarcou-se na véspera: ficou fora de jogo, disse a mulher.
É taça, perdido por um, perdido por mil,
A Paulina optou pela companhia da velha amiga, ao estilo dela: picnicaram no Jamor e, enquanto uns foram ver o jogo, outros (sobretudo elas) preferiram o enchido e o verde do lanche na conversa de cobertor.
E não calhou nada.
A meio do jogo, desatou a chover sem misericórdia. O pequeno grupo que tinha ficado no local, levantou mesa e entrou de rompante pelo autocarro: e assistiu aos ensaios da banda: a Paulina agarrada ao pau, no saxofoneste e pianinho com o motorista e a amiga, com a boca no trombone, a ajudar o ajudante do motorista.,
Leva a taça e leva com o resto: o resultado não interessa. Interessa ir a jogo e que não acabe empatado.,
Mundo de empatas.
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