domingo, 4 de dezembro de 2016

Cena # 1181 - E Vão Doze Dias, Tantos Quantos Os Meses Do Ano, Na Casa Da Mamã,

É verdade,
Contas feitas, à dúzia sai mais barato.

Não tem sido fácil,
Os sacos pretos espalhados pelo quarto, e pelo quarto do fundo: no fundo, dois quartos estão o pandemónio, e o demónio atormenta a velha, coitada,

- Jorge, Jorge!
Ali estava, caída tartaruga de patas para o ar, a rezar pelos sacos que lhe suavizaram o tropeço,
- Ia só pendurar a camisa..., Tens de me levantar!

Caiu no lixo,
- Não deitaste o iogurte no lixo
Deitei, sin, mas
Não deitei no plástico, esse, dentro do outro dentro do outro que reveste o balde,
Deito-me mal comigo, estou a fazer mal à velha.


Desespero pela resposta do banco para me mudar, as coisas mudaram. Há sete anos eram sete dias, vá um gajo perceber,
É a economia, estúpido,

Barbeava-me hoje, de manhã,quando a lâmpada fundiu, mas não(,) é a velha com a cabeça toda fundida,
- Queres duas lâmpadas para quê?

Mesmo se são do chinês, a a dois euros e oito watts cada uma,
- Mãe, o que gasta são os transformadores em energia térmica, o ferro e o forno, a braseira sob a camilha, dois mil watts, faz as contas,
- É, e morria de frio!


Números são contigo, comigo certo, mas de economia familiar percebe ela e, apesar dos números, tem mais do que eu,

Para ela, o duche é a mesma coisa do que a banheira cheia para o neto, a lâmpada igual ao limpopó que aspira a alcatifa,

Conta a unidade, ver o Bublé no Madison ou o Vasco Zé com o seu acordeão nas festas da N. Sra da Pedra Furada, para os lados donde era a Espanhola, vai dar nu mesmo:

Não me entendo com ela.
Hoje há James,  na MEO Arena,
Por esse e pelos outros, de economia familiar entende ela e, apesar dos números, tem mais do que eu.





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