quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cena # 266 - Se Ela Morrer...

Um.
O Petit anda nos cavalos, importa livros, importa-se o Faustino que o aconselha.
- Cuidado com o coice, uma vez o meu pai pagou bem a fatura, fraturou três costelas mais a conta do hospital.
Raio do cavalo, era danado para a brincadeira. Caparam-no, ainda assim não perdeu o vício, montava tudo o que era sombra!

Dois.
Jantei na minha mãe. O cão de baixo, e falo do bicho, montava a gata, gato por lebre.
- Mãe, vê isto!
- (...) E que mal é que isso tem?!

Estou despachado, pronto para Rilhafoles.
Vem a história do cavalo emasculado a propósito do velhinho não castrado no desejo, a babar-se da minissaia e da medicação.
Tem setenta e nove, viúvo há dez; gosto dele, mantem o espírito vivo, o resto se verá.
- Doutor, passa-me as análises e o exame à máquina?
- Com certeza! Sente-se mal, amigo Oliveira?
- Não... Arranjei um bombom...
Arranjinhos coloridos, um trinta e um, tem ela.
- E o comprimido, já sabe...
Não se preocupe, doutor, já cá estou pouco tempo e se ela morrer, morreu!

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