quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Cena # 147 - O Astronauta.

Patrão fora e os diabos na loja, sozinho com os três talibãs, há que cansá-los, a mim não é preciso, dez da manhã e já me parece oito da noite.
O duzentos e vinte dê, de setenta e sete, avançava aos soluços e ziguezagues e a criatura destilava tanto álcool que era cheirado dois carros atrás. Em procissão pela Expo, o carro deteve-se junto ao templo das patacas, satisfiz-lhe a curiosidade:
- É o casino, Vasco.
- Pai, por favor, por favor, podemos lá ir?
- Não, amor, só quando fores crescido, joga-se a dinheiro...
- Mas, papá, já joguei a dinheiro! - interrompeu o Tomás.
- A dinheiro?!
- Sim, na casa da Diana, naquele tabuleiro com notas pequenas!

Derivei para Setúbal, só o Tomás resistia, lutando, desesperado, a tse-tsé.
- Papá, sabes o que queria ser?
- O quê, meu querido?...
- Médico ou astronauta mas, se tivesse que escolher uma, astronauta, viajava pelo espaço e fazia desenhos bem bonitos para ti...

0 comentários :

Enviar um comentário

 
;