domingo, 30 de abril de 2017

Cena # 1351 - A Lei de Murphy.


 

Burrice minha, quase fiquei mais uns dias em Paris quando pretendia regressar a Londres, de TGV.

Por sorte, renovei a carta aos cinquenta: a outra, a do cartão rosa esbatido e apergaminhado da máquina de lavar, acompanhava o antigo BI, três quartos do original. Explico: primeiro, arredondei os cantos amachucados do BI para caber na carteira. Depois, cortei a direito e, entre a frente do cara de urso e verso, escondia a nota de cinco para o café.



 O funcionário da alfândega implicou: não podia sair...
- Mas se cá entrei!!
Que não, insistiu: questionou a autenticidade ou a cretinice do documento e chamou o superior: voltas e mais voltas ao BI, pergunta-me em português o superior, filho de emigrantes:
- Então, diga lá: o que aconteceu ao original?!


Sorriu e piscou o olho quando me retratei e lhe lembrei a Lei de Murphy:  nunca atribua à malícia o que pode ser adequadamente explicado pela estupidez...

- Não se esqueça de o trocar, quando lá chegar: é que no BI já lhe falta o ombro esquerdo...







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