sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Cena # 1165 - Uma Televisão Para Todos. (aos berros, no café)

Está fodido o Médico de Família,
Na televisão do café, aos berros, a abantesma lança as cartas: os dados estao lançados,

Sónia, é isso?, Ele, que idade tem? (acertou, nos tempos que correm, sujeitou-se a ouvir o reparo: ela...), ah, estão casados!, O vosso amor tem tido altos e baixos (ou não telefonava), coiso e tal, falta de coiso e tal e
- Vejo que tem uma pessoa muito doente na família., É verdade?...
- Eu?!, Quem pode ser?


- Talvez a mãe..., Sim, é a mãe, é melhor fazer os exames médicos, mais vale prevenir...

E como não lhe descobre nada, e porque as cartas não vão tão longe mas anunciam o fim que está perto, da TAC da cabeça aos pés, está o médico entalado com as duas. Mais a mãe.



A cartomandante não perde tempo: tempo é carcanhol,
- Telefone!!, quantas mais vezes telefonar, melhor!, para eles,
É mais. E é mais das vezes, vezes.

Instalassem a linha de valor acrescentado no Público e era um escândalo: é público, a malta paga e tem direitos. E direito a tudo.


Vou para as autópsias: os mortos não enganam.

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