terça-feira, 15 de setembro de 2015

Cena # 666 - Uma Cagada no Dia do Bocage.

Triste estou, eu, dos homens o mais triste,
Sem eu mesmo saber quando seria;
Meu eu perdeu há muito a alegria
E há muito, minha sina me resiste.

Eu queria, por Deus!, sim, eu queria
Ansioso descobrir porque fugiste,
Ler nos lábios teus porque mentiste,
Tu que eras toda a minha idolatria...

Triste estou, amor, e triste estarei,
Por me dizeres que mais não terei
Teus olhos e tua boca junto a mim,

Ponho-me a contemplar tua linda imagem,
Nasce teu rosto já duma miragem
E triste estou por a vida ser assim.



Esclareço duma vez,
Esta cagada não foi o Bocage que a fez: fui mesmo eu.

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