Que se lixe o carro atravessado, já babava a cachupa,
Casa cheia, noite do cretcheu, quente quente, a Casa da Morna é Sal, calulu, moamba e pudim de coco,
É Fogo, a Leonor lindíssima de preto , salto alto a condizer e o tacão-agulha a espetar-se no empedrado e a voar direta para o interior, sem passar pelo porteiro.
Acomodei-me no Principezito, o Nuno e a Dina ao colo do Mário Pop e do Nhó Lima, a Leonor, nos braços da Cesária...
São precisos dois para dançar a morna, aquele meloso arrastadinho de mãos dadas, a mãozada no violão e o reco-reco, esta é Brava e já me sobe o calor e o caldo de peixe, por Soncente e pelo guizado de percebes, esta mulher mesmo sem um dos saltos, põe-me aos pulos!
A morna é amor à terra e àquele doce mar turquesa,
É sodade...
Si bô 'squecê me
'M ta 'squecê be
Até dia Qui bô voltà
Sodade, Sodade
Dess nha terra São Nicolau...
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