Visão em túnel, perda da visão periférica ou, se preferirem, o indivíduo que marra nas próprias ideias com desrespeito e desprezo pelas alheias, Portugal por um canudo, auguro-lhe provável sucesso partidário, reduz o homem à mesquinhez economicista do homo faber e afirma a pés juntos que já não se aperta o cinto: é verdade, aperta-se, também, o nó na garganta.
Visão em funil, os olhos espiam-se, um ao outro, lembro a Vesga , professora de Química no Liceu, o laboratório pelos ares e a malta, já adulta, a saltar da cama com o pesadelo da sua visão: stress pós-traumático.
Pode o campo de visão estreitar-se ainda mais?!
Ontem, na fila dos correios, a quarentona, fashion e bem-posta, insistia na carta em correio azul, registada e com aviso de receção.
A funcionária, paciente, lá lhe explicou que teria que colocar o remetente, como lhe chegaria o aviso de receção?...
- Ora, se o quisesse colocar já o teria feito, não lhe parece?!
Visão com palas, não consigo explicar. A funcionária dos correios, afável e paciente, também não.
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