O saber não ocupa lugar, o lugar abunda e o saber escasseia.
Inscrevi-me no eme bê a de gestão, desafiei a prima da Ritinha, antes bem acompanhado.
Posicionamentos, Don Pepper e o one 2 one, fusões verticais e horizontais, já vi disso, de conglomerados, imagino, sinergia estratégica e gestão do risco, swot e tows matrix, mais cuidado com as ameaças do que com as
Fraquezas: ativos, capitais próprios, fundo de maneio e liquidez, tanto estudo e não consigo pô-los em prática, os ricos também choram mas, como apontava a Maria Hernandez de la Veja, os pobres choram ainda mais.
Gestão de stocks é com a Leonor, não ganhamos para os iogurtes destas ténias e, fraldas, já cortámos nos líquidos.
O navio-oficina da Toyota e o quatro lugares da Porsche, os smokings da Macmoda que faliu, vende-se a Boss, compra-se o estatuto, a Kodak e a digital que inventou e desprezou, o In Rainbows e os Radiohead, não há almoços de borla, a venda direta da Bimby e as dondocas do chá, da Tupperware, a Classic versus a New Coke, às vezes de uma galinha velha faz-se uma boa canja, enfim, até para limpar o cu, a Renova tem a sua estratégia.
Confirma-se a Aposta de Pascal, mais do que acreditar num Deus, vende-se a utilidade do conceito. Se o planeta Fabulástico inexiste é apenas um pormenor, a questão é, tão só, se e porque não posso lá ter casa, tudo se vende da Bic à MontBlanc Mystery Masterpiece vá, deixem-se de coisas, nunca lhe pus as unhas.
Jogos win-win, colaboração e partilha, muito bonito para a formiga mas o homem é mais um bicho-de-contas e, contas feitas, não resulta ou, como postulava Friedberg, a estratégia é racional mas nunca de uma racionalidade absoluta...
Depois há as carraças, o desmancha-prazeres do Malthus, whisky a mais, deprime-o, e os relatórios da OCDE sobre a cultura tuga: pouco empreendedorismo, distância hierárquica e os doutores das quatro cadeiras que confundem a curva de Laffer com os livres do Garrincha e julgam impostores os senhores dos impostos que nos desolham, adoramos estar em grupo mas não trabalhar em equipa, metemos a mão na massa, salvo seja, mas não planeamos, controlamos demasiado a incerteza e, se Deus quiser, nada acontece, pensamos que inovamos mas, para eles, somos os reis do desenrascanço (dá as cadeiras que faltam).
Os romanos deixaram pontes e os engenheiros arranham os céus, os pilotos aterram em St. Maarten e na Conchichina mas aquela malta não acerta uma! A explicação afigura-se-me simples, se é difícil trabalhar as variáveis, pior é fazê-lo com bolhas. Posso comprova-lo: encho a banheira com espuma, espeto o Tomás e as bolhas são aos milhares, enfio o Vasco, agitam freneticamente as mãos e são milhões, dispo o Simão e vá de bater na água, reduz o número e aumenta o tamanho e, logo, é de todo impossível estimar-lhes o diâmetro que vão ter...
Os médicos também falham, há coisas do outro mundo e, parece que, agora, até os mortos aviam receitas, e o atraso é uma instituição na classe.
Os estudos comprovam que as pessoas só ouvem dez minutos e se há muito tempo de aulas para quê ser multado mas, naquele dia, nem me atrasei, simplesmente não pus lá os pés.
- Ritinha, assina-me a folha, por favor...
Na tarde seguinte, a secretária aborda-me no coffee-break:
- Ontem nem o vi por cá e a assinatura mais parecia um gatafunho, é mesmo verdade, os médicos andam sempre a correr!
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