É assim, quando reunimos a malta da faculdade: desenterramos histórias e esqueletos do armário.,
O Quim Pedro é cirurgião,
Já lá vão quarenta anos. Arrendou em Coimbra na Tia Alcídia, mais conhecida do que a Cabra: casa de dois andares e mais um quarto de sótão, a velha adivinhava os passos, e controlava as entradas não fossem ao colo,
(Velhos são os trapos, a velha era sabida e, quando os estudantes partiam ao fim de semana, fazia caridade: arrendava, à hora e ao quarto, às meninas da rua.
A vida custa a todos.)
Um dia: uma noite...
- Eu e o Tó Mané levámos duas malucas para o quarto..., Ainda o Tó não era ginecologista e já tinha a mania que tinha mãos para a coisa,
Saíram às duas, o Quim Pedro às nove. Seriam dez, quando o Tó Mané acordou com a chave à porta e correu do saco-cama para se esconder nu armário.
Armário de gaja é roupa aos montes, armário de gajo é roupa ao monte e montes de pó: a Tia Alcídia estranhou o saco-cama aberto no soalho de tacos e mais estranhou o armário a espirrar,
Estúpido, sim,
- Olá Dona Alcídia!, Estava à procura da camisola...
Na Pensão Alcídia. Se quiser paga ao quarto. Ou à hora.
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