segunda-feira, 2 de julho de 2018

Cena # 1807 - A Mais Velha Profissão do Mundo.



Cantor, é verdade: a malta ainda não sabia o valor do dinheiro e já cantava,
Foi há anos, no consultório, com um cantor conhecido da praça,

Recém-divorciado, correu ao serviço das profissionais,
- Saem mais baratas, doutor,
Desbaratização: as outras, para correr com elas, é um sarilho...


Era uma vez,
Lançou-se sem travões,
- Fui a uma casa de putas, perdão, uma casa de putas que diziam que faziam que massajavam, na Almirante Reis, em frente,

Estava eu, ele: numa boa, ela com as mãos em movimentos circulares a besuntar os costados e eu, ele, entesado, a ver a conta a subir, quando,
- Amorzinho, vou meter uma musiquinha...

Ligou o rádio e lá estava eu a cantar, do outro lado do altifalante: Perdi a tusa,
- O Concorde aterrou de focinho e já não descolou...,

Era um avião,
- Que massajava bem isso massajava, se era puta ou não, nunca cheguei a saber...,
Que aquilo durou, durou e duro não ficou, Olhe,
- Fiquei de tanga, ainda tive de ir pedir emprestado!






 

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