Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antígua canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Camões.
Portugal,
É bravura e arrojo. É poesia.,
Nobre povo:
É Viriato e Diamantino, Viseu, Olé, Olé, cabe tudo: é Mendes da Maia e Martim Moniz. É Geraldo
Sem Pavor: o estratega no xadrez de Aljubarrota e o peão João das Regras. E tantos outros Joões, um I e outro Perfeito, outro, O Regenerador.,
É Deuladeu e a padeira Brites, nobre povo e
Heróis do mar, os irmãos Dias e Gama e o destemido Patrão Lopes.
É Hermenegildo e Ivens, Buiça e Costa. E o soldado Milhais.
É sonho e audácia, Bartolomeu de Gusmão e Gago Coutinho.,
Ao menino e ao borracho,
É fé e Fernando de Bulhões.
E querer: Eusébio e Baptista Pereira, com e sem Mancha. É Agostinho a levá-los ao colo, montanha acima!
É quem nos conta, Herculano, Cortesão e Latino Coelho,
Quem nos canta, a Severa, Hilário e Amália: é o nosso fado, É Malhoa. É saudade e Pascoaes,
E quem nos encanta, Sophia, Gil e O'Neil.
É amor (não) correspondido, Mariana e Florbela.
Essa é que é Eça,
É Camilo, Aquilino e Torga,
Camões e Antero.
Pessoa.
É arte,
Almada, Amadeo e Columbano,
É Bocage e Tolentino. Rafael e Carvalhais,
Rosa Ramalho e Cutileiro.
É a Portuguesa,
É Todi e Tomás de Alcaide. É Vianna da Motta. O nosso Zeca.
É Agostinho da Silva: licenciado em liberdade e doutorado em raiva.,
E o Zé da Anicha, a cigarra que partiu cedo,
Pelo sonho é que vamos!
Estamos no Mundial, nobre polvo, diz o Simão: estamos nos cinco continentes,
À bandeira, nossa, única no condomínio, juntou-se meia dúzia: não interessa,: somos únicos.,
É orgulho e respeito.
Somos pequenos?!,
O Vasco desmente,
- Pai, eu sou pequeno mas sou capaz de coisas grandes!
É isso, amor: VAMOS GANHAR !
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