segunda-feira, 23 de abril de 2018

Cena # 1731 - Austrália: A Golpada.



Perdoem-me os cariocas e os morros, S. Francisco e os saudosos do Verão do Amor mas, só em Sydney, desejei perder o passaporte.,

Trezentos metros acima, no Centrepoint, avista-se as montanhas e os ferries que deixam a Circular Quay, os surfistas e, com má vontade, as barbatanas sorrateiras dos tubarões-touro que passeiam, desaçaimados e sem cartão do cidadão, nas ondas da Buondi Beach...

Desço à George Street, lanço a moeda no poço dos desejos do Queen Victoria.,
The Rocks, foi lá deixada a primeira carga: criminosos, madeira e tijolos. Galerias e bricabraquistas, arte e didjeridus aborígenes enchem o mercado domingal,
Artistas de rua, bares e cafés, povoam a enseada que serpeia da Harbour Bridge à Opera House, a arrojada cobertura de conchas de berbigão sobrepostas, ausentes na movimentada Cockle Bay.
Os arranha-céus, na linha do horizonte, escondem o tesouro, em Paddington, as  pequenas casas vitorianas com varandins de ferro trabalhado,
Uma tinnie no Harry's, e o Pacífico pela frente: não há muitos filmes destes:




Sessão clínica com jantar ou não comparecia ninguém, juntou treze médicos: a última ceia de Sevy, Batman e a tropa-fandanga de Gotham.,
À mesa, sem verdes, enchidos e saladinhas do octópode, branco e tinto como o jacinto: vende-se o novo fármaco para o colesterol e o estilo de vida e vendo bem, fosse a vida saudável e despreocupada, não se preocupavam em vender rebuçados para queimar gorduras.

Q.b., à minha frente está o colega B., três dígitos na balança e a precisar da pastilha, reformado mas não dos prazeres da vida. Atira os olhos pseudópodes aos pornofilmes do queflô que se chegou à mesa, marralha com este a pretexto de levar vários e não pagar em afeganis.
Apareceu do nada, a M.J., uma tiazoca nasalada, menos interessada no chambão e mais na capa do devedê:
- O  Austrália: as Montanhas Azuis e o vermelho do Uluru!
De acordo, todos diferentes, todos iguais:
- É para ver com os amigos...

O caos,
Devedês por todo o lado, as capas do Austrália e do pornográfico, Chocolate, não demorou a trocar-lhes o conteúdo...
E o domingo chegou, imagino a M.J. com a família e os amigos confortados nu cadeirão, atrapalhada com o cacau colubreado das roças de S. Tomé, um pornogrÁfrica,

E já gozas:
O B., sentado à espera, a coisa nunca mais desenvolve, o primeiro filme pornográfico com história e Uluru é bonito e os tomates batem Palmas, a esforricar tudo à frente e a goelar no queflô,

- Filho da puta, antes pagasse em afeganis e ao centímetro!











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