sábado, 16 de setembro de 2017

Cena # 1499 - Da Praxe:


:O retângulo consome-se na fofoca e comiseração, Portugal dos Pequenitos, azar de quem parte e perde a novela.,

Aberta a caixa de Pandora, saltaram os filipistas e os comunistas a comer criancinhas. Salvou-os a Casa Pia, o Estado a julgar e a fugir do banco dos réus. O país a balir, indispunha-me os mil olhos em cima quando ameigava o cabelo da pequenada. Afinal, parece que a Igreja desatou a comê-los e não se satisfez com o pequeno-almoço, quem papa, papa alguma coisa e tudo o que vem à rede é peixe, abjuraram às sandálias do pescador.

Morreu o assunto e, pontapé de bicicleta, morreu o Eusébio, o país aos toques na chicha e a marcar golos, é a síndrome da manada, tudo a correr para o mesmo lado. Da praxe.
As Praxes regressam, pontualmente. Torna-se necessário que morra alguém, sobe a audiência e, sem receita, não se cozinha omeletes.


Aos primeiro e terceiros sábados do mês, tudo é Velharias na Luísa Todi e, por isso, me irrito
- Também o vi por lá, doutor...
(sim, mas a passear pelas futricas, com os miúdos)
O que vasculhei pela primeira edição do Aquilino, numa tiragem de vinte e cinco exemplares, três euros, exigia o limpa-botas, tem o sinete do autor, mais faltava, três euros para saber do homem que matou o diabo, toma dois, com dedicatória a Alberto Magalhães, abril de mil novecentos e trinta, conheço-o eu de algum lado?!
Ao lado, edição pipi, a do Ferreira de Castro, os miúdos puxam-me, estão saturados e eu deles, um olho no burro e outro no cigano que vende a selva, duzentos euros, metade não vale o Juca Tristão, tivesse-os e fazia a lua de mel no seringal.
Comprei mesmo o Código da Praxe Académica de Coimbra, revista pelo Dux-Veteranorum, Patrão, há gajos que já nascem para aquilo, Conimbriga, I Martii, MCMLVII, "fica o conteúdo a constituir interpretação «oficial» da Praxe": paraquedistas, bichos montados por caloiros e, estes, abaixo de cão e polícia, putos e quintanistas, veteranos com a pedra no sapato e que só descalçam para ir às unhas, a moca, forçosamente de pau e sem saliências, mocadas, as que quiser mas em numero ímpar, o rapanço, de borla, não precisa agradecer.
O caloiro tem direitos, pode propor-se a jogar a pancada, estando-lhe vedado indagar o nome do chefe da trupe. Beneficia, ainda, da proteção "de sangue", sempre que o «animal» é acompanhado por familiar, "de instrumento" se transportar viola e guitarra e demonstrar não furifunar, se estiver fortemente embriagado e em que, desconhecendo-o, é protegido "do Deus Baco" ou de Santa Briosa, se a equipa de honra ganhar o joguito...


A Filipa foi colocada em Veterinária, voluntariou-se para a praxe e não esqueceu. Ao quinto dia estava a massajar os tomates do burro, isso, até que ele revire os olhos!, até para asno é precisa sorte, o burro não zurrou nem a Sociedade Protetora abriu o bico.




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