terça-feira, 2 de maio de 2017

Cena # 1353 - O Esfreganço da Lesma e o Malvado Homem-Aranha.


Eu sei que ninguém vai ler isto mas, às vezes, quando estou aborrecido, embrulho-me num saco de dormir, espalho manteiga no corpo e deslizo pela casa, fingindo ser uma lesma,
É mentira, Nuno: toda a gente leu.

Gosto pouco de trabalhar. Gosto de fazer amor sem proteção, nas janelas, a cidade granida de luzes e neons, à minha frente,
É mentira,
Gosto de fazer amor em todo o lado.


O Ventura é meu doente, azar dele, faz escalada,
Uma espécie de homejacking: é daqueles homens-aranha que se penduram do topo dos prédios envidraçados,
- Imaginas...
Não, secretárias de quatro e de duas pernas para o ar e yuppies bem-postos,
Não acreditas,
- E pelo meio, ainda há gente que trabalha…

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