segunda-feira, 21 de março de 2016

Cena # 846 - Um Tigre, Dois Tigres, Três Trigues...

O Pedro esbanja simpatia.,
É um amor de rapaz e um mouro de trabalho, não há bela sem senão: organizado, a mulher acha mais tormento àquilo e a psiquiatria teima em chamar, à coisa, obsessão...

Tudo tem caixas e caixinhas, iguais na cor e no tamanho, uma folha A quatro separa as camisolas,
- Por duas razões: para não amarrotar e fica mais bonito!
As camisas,
- Cinco centímetros entre elas e os cabides com o pescoço virado para a porta!
O detergente...
- Ariel, cinquenta e duas doses...
E o amaciador, idem nas doses, e se está esgotado,
- Difícil, guardo sempre um ou dois de reserva!
 De modo que...
 Lava e desinfeta-se. Antes e depois de.

A festa estava ótima, o seu contributo a imagem de marca: as rodelas, gémeas, em flores de kiwi, de maçã e de laranja, melancia à parte,
- Não combina com o laranja.
- O Rothko gostava...
- Alguma vez meteu a mesa?!

 Sorrateiramente num prazer roído, trinquei e baralhei tudo a quilo, sobra espaços e as rodelas misturam-se, já foi a Ópera de Sidney e é agora a bandeira do Zimbabwe, olha que dois, Três, mais a Sandra a matraquear-me a carola:
- Pareces um miúdo!

Trouxe à mesa e à discussão o Elias, nu consultório com uma torsão do testículo.,
Confusão, muita confusão, há sempre um maior e outro, mais pequeno, mais que não seja por um cagagésimo, um esquerdo e um direito e, isso, aprende-se na primária, os neurónios trocados, um tigre, dois tigres, três tigres, o Pedro, às aranhas, não se conteve e teve mesmo de perguntar,
- O quê?, Ficou com os  tomates ao contrário?!




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