O Virgílio é ateu, graças a deus: desenrasca o próximo, só se não pudor,
Domingo, festa de arromba no sítio das Pontes, ainda a procissão ia no adro,
Ainda arrastaram a Fátima,
- Vamos, vizinha?
- O Virgílio fez noite...
Meia dúzia de convites recusados e a recusa que não podia ser recusada,
A vizinha Maria deu em marrar com a porta,
- O Virgílio está?, A minha nora...
A nora, que preside à comissão da festa, esqueceu os homens que a levam direita, destros a levantar o andor,
- E o senhor Virgílio está sempre pronto...
Pronto-socorro e pronto-a-comer,
- Andor, andor daqui, abantesma!, mais a ¶^?@ ©us ¶∆riu mais o andor!
Ora cá, acardumar com gente dessa, Santos?,
- Santos, conheço o que avia o traçado com o pastelinho de bacalhau, e que entala o chouriço preto no papo-seco!
Ver para crer: aos outros, conversa, muita, mas nunca lhes pôs a vista em cima!
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