domingo, 6 de julho de 2014

Cena # 301 - A Ampulheta.

- Sim?
Porque sim, a pergunta é estúpida mas delicada, não bate a bota com os perdigotos da minha voz masculina,
- Estou a falar com a Dona X.?
Insistiu.
- ...mas conhece-la, certo?...

Dona e donos de coisa nenhuma,
Senhora, sim.
Dez anos é algum tempo, um ano tempo demais quando a paciência se esgota no corpo em ampulheta.
Sim, lembro-a pelas melhores razões, mas a cabeça tem razões que a razão não conhece...
Somos Pessoa, o perfeito é desumano porque o humano é imperfeito.
Não sou desumano, um dia escrevo-vos sobre isto.

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