sexta-feira, 13 de junho de 2014

Cena # 282 - O Stress Pós-Traumático, Por Quem o Viveu.

Três da tarde, a canícula queima a moleirinha.

Vinte e dois anos e uma carga de trabalhos, o Bernardo não atina; são os fadistas e a pressão no emprego, a ansiedade rói-lhe o dia, apanha o sono das vinte e sete, divorciado do comando da televisão
- Não consigo acordar
Desacordo de cavalheiros e rua,
É o fado do Maurício, queria reformar-se sem nunca ter trabalhado.

Podia ser avó do Bernardo, ganhou e perdeu vinte anos, a dona Natália; viu e não viu os dois encapuzados, mulher séria tem ouvidos, o silêncio pica miolos da bazuca encostada, tolda-lhe o pensamento. Demora, atesta o psiqu&arte, já sorri:
- Quase morria de cagaço pós-traumático, senhor doutor...

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