A Mónica aceitou o domicílio.
- Travessa dos Rouxinóis, o doutor sabe onde é...
Vai para trinta anos, era linda, olhos amêndoa e cabelos pretos, escorridos, em comum o mau feitio, enquanto durou.
Travessa dos Rouxinóis, certo, habitava o terceiro andar, sem elevador. Tirei uns dias, mulher é pó, rímel e máscara, mas não era por isso que me demorava e largava o carro nas traseiras.
Os pais trabalhavam, patrão fora e fô dia santo na loja; a quatro éle estacionou à porta, o pai já enfiava a chave segundos depois e hora e tal antes do previsto, quem é vivo sempre desaparece, um metro e oitenta e três e pé quarenta e cinco, sob a cama da boneca.
Olá mãe, e já passou hora e meia, almoçaram na paz do Senhor, Domingos, caiu-me mal.
No desespero, a malta adapta-se a tudo e encolhe, sobrevive a laranjas e ao pão que o diabo amassou.
E borra-se, certo.
- Travessa dos Rouxinóis, Mónica?, Ora, sei bem onde é...
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