Foi ontem, fiz a escritura da clínica.
Em ambiente informal, a notária debitou o texto repleto de palavras caras e, por isso, se paga tanto às finanças.
- Jorge Manuel Carvalho..., Divorciado...
Corrigi:
- Não, casado.
- Casado?! - confundiu a solicitadora - No banco asseguraram-me que estava divorciado..., Quando casou?
- Ora, no catorze de fevereiro, dia dos namorados: só pago um jantar e não me esqueço da data que, elas, levam sempre a mal...
A notária:
- Mas, há dez anos, quando adquiriu a clínica...
- Era solteiro...
Virou-se para a solicitadora e brincou:
- Ainda assim, é melhor fazermos isto ainda hoje, não vá o senhor mudar de ideias!
- Ou ficar viúvo! - respondi - que a minha mulher, farta de mim, ainda morre de enfarte um destes dias!
(e tanto que gosta de mim, não quero eu morrer antes para não lhe dar o desgosto)
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