domingo, 17 de março de 2019

Cena # 2048 - O Estarreja de Quelimane.


I like to spend some time in Mozambique
The sunny sky is aqua blue
(,,,)
Lying next to her by the ocean
Reaching out and touching her hand
Whispering your secret emotion
Magic in a magical land...
                            Mozambique, Bob Dylan.



Esta história ouvi-a ao meu amigo Américo Rocha.,
Por whisky, recordo África e as noites de Quelimane, nos anos setenta,
Havia os especialistas natos, e o Estarreja fez-se a virar vinte copos por dia, e os de rótulo, numa série de quinze marcas, duas atiravam ao lado: fora de sério!

Quelimane era uma cidade pequena: os jogos de domingo do Sport Quelimane e Benfica, as matinés do cineteatro Águia, a escaldante marrabenta ao bambolear dos glúteos, o galã Biriba e o Lalarita, os batiques coloridos das negras, as chamuças do Sulename e o camarão e o caranguejo oferecidas à Laurentina, os palmares, os maiores do mundo!, as almadias que sulcavam o rio dos Bons Sinais, e o peixe fresco, na cesta, à cabeça...

O Estarreja e o Martins do Muaquia,
Na Avenida Principal, no bar do Meireles, o mais afamado bacalhau assado da Zambézia, contava-se anedotas, whiskies e Laurentinas,
Se sobrava, era para o consultório do doutor Vaz que, resignado, desaconselhava,
- Martins, deixa a bebida, estás a matar-te lentamente...
- Deixe lá doutor, também não quero morrer depressa...






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