sábado, 1 de novembro de 2014

Cena # 390 - A Noite das Bruxas.



Foi a festa, surpresa possível,
- Ora com vivas!,
Os sócios horroríficos foram chegando, pó e vassouras à porta, a ciática não larga a Dina ou acha-se mais do que os outros: veio de bengala.

O kitschArrepioween, inconveniente e horripilantemente decorado, as centopeias que as sombras multiplicavam, cobras e lagartos, assombrações.
E o espírito do bisavô António, dois rolos de papel higiénico de múmia,

Dou de barato, as baratas que custaram os olhos da cara, estavam de gritos,
Vampiros me mordam se a malta não esganou o palmípede com pós de perlimpimpato e atirou as garras ao chouriço da Transilvânia, mesmo se os porcos estão deste lado. Os fedelhos devoraram línguas de gato preto, dentes e lágrimas de crocodilo,
Bruxo!,

Pronto e pronto-socorro, acaba sempre da mesma maneira, à sua maneira, os propitecos a correr e a esconder-se, o Simão com a máscara do Drácula enfiada ao contrário, a enterrar os incisivos no piano do quarto,
Está cheio de sangue e já estava, ensopa o lenço e não coagula, é igual ao do tubo que trouxe do supermercado.

E para o ano não há mais,
Se a Dina estiver boa, fazemos a festa. Em Vilar de Perdizes...




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