Uma dúzia de médicos assegurava, à altura, todas as noites do hospital: dois por noite, três ou quatro enfermeiras, outras tantas auxiliares, mais a linguiça assada que entrava à uma da manhã.
(uma noite, tamanho alvoroço, uma dezena de bombeiros irrompe pelo Condinho, estava o bom do chouriço no porco de barro, ninguém nos avisara que tinham instalado os detetores de fumo...)
Após a meia noite, nós e as mãos, análises e raios X, só a cem quilómetros...
O Condinho era especial! Atendimento quase personalizado, era frequente estar escrito o nosso nome, no canto superior de algumas fichas, porque o doente assim o solicitava no balcão de atendimento.
Foi, pois, com naturalidade, que o funcionário da admissão, aceitou mais um pedido:
- Para aquele médico, se puder ser... Aquele que... tem um nome estranho...
- Sim?!
- Não sei, atendeu-me das duas últimas vezes, consegue ver aí? O doutor...
- Meneses? Ferraz? Edgar...
- Não, era qualquer coisa de dinheiro... ah, já sei, já sei, o Doutor Poupadinho!
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