domingo, 9 de setembro de 2018

Cena # 1874 - Toronto, dia 8.



A CN Tower eleva-se a 550 metros do solo. Toda a gente tem telhados de vidro: a torre, tem o chão.

Não tenho medo das alturas: na verdade, há alturas em que tenho pânico. Mesmo se o tal vidro aguenta três orcas e meia (não sei o que é meia orca) e cair de quinhentos ou de cinquenta metros ser o mesmo (para quem tem pânico de voar, ir ao Funchal ou Montreal é igual: só muda o tempo: o temporal, não).


Um Homem vê - se nas situações difíceis. Connosco, viajou o casal Gonçalves, de Guimarães, ele com setenta anos, ela com quarenta e cinco de peso. Elas portaram-se bem, e a Leonor desfilou no chão de vidro como nada (se) passasse lá em baixo

- Vá, deixa-te de coisas e deita!
Assim fiz, a custo e de costas que é para o lado que durmo melhor, com os pés de fora, não fosse a estrutura de vidro desabar e alguém me agarrava. Quem tem cu tem medo e o Gonçalves, a meu lado, deitou o cu a medo e o resto para trás das costas, como eu:

Homem que é homem é assim, vê-se nestas situações e em cada situação,
- Gonçalves, deixemo-nos de paneleirices e dá cá mas é a tua mão...











1 comentários :

Anónimo disse...

Favor retirar o nome de Leonor desta publicação

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