Entre o xerem e os carapaus alimados, saltou o vibrador para a mesa,
O facto: a televisão pública publicitou um vibrador, às dez da manhã, de um qualquer dia de semana.
As criancinhas estão na escola,
Acho bem:
A gente liga a luz e sustenta a televisão pública, para ser diferente; e por trás, cada um come nu e do que gosta.,
Igual às outras, porquê?,
A velhinha, com a perna contusa, conta os tostões para comprar o objeto,
De manhã começa a noite, para o desgraçado que faz turnos,
Não tem graça: um gajo deita contas à vida, e que falta fazia o substituto...
Acho mal,
A malta que coça os tomates e que, por tràs e o assento cai mal, tudo maldiz menos da sua condição, bem podia ocupar-se. Para já, mete-se a jeito.
O facto: porque trabalho o dia todo, não vejo televisão; à noite e aos fins de semana, a televisão que eu suporto, oferece-me missas e telenovelas: não é a Sonia Braga em tanga, outro galo cantaria, é outra tanga qualquer, e não sei da missa metade e nem me interessa,
Interessava-me o número do tal vibrador, que um gajo já deita contas à vida e vai uma coisa de cada vez. Podia perguntar a um desses gajos, que passam os dias a coçar os tomates e deixá-los a coçar a cabeça: dava-lhes jeito o XL.
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