I
Pois é, Vítor, falar dos outros é fácil.,
Tenho vaga ideia, porque era pequeno, da maré que arrastava a cidade: o Vitória, que é grande com onze, era, então, enorme, uma das onze melhores equipas da Europa, para o France Football!,
Um festival: o Jota, quem mais, os irmãos José Maria e Conceição, o Wagner, o Cardoso e o Carriço, o Rebelo, o Octávio e o Tomé, o Pedras e tu: Vítor Baptista. E o VIII Exército.
Acorria gente de fora, corria a gente para ver o bom futebol: despachámos o Anderlecht e o Inter, vingou-se o Leeds,
A Teresa Herrera e a Minicopa do Mundo, no papo, a festa das Taças: o Palácio Salema e a Praça do Bocage tornaram-se pequenas!
Comeste a relva e a erva consumiu-te as entranhas. Perdeste o brinco na Luz, meteste a malta de cu para o ar a procura-lo.,
Foi isso que ficou, vê lá tu. Nu resto, o rei, todos diferentes, somos todos iguais:
II
O jantar mal acabou, acabou mal: a Leonor perdeu o brinco de estimação no tapete da sala.
É preciso esclarecer que o tapete tem pelo e pelos vistos, não tem mais brincos,
- Ora, usas um em cada dia e alternas nas orelhas e, no fim, tudo como dantes: usas os dois e as duas orelhas!
Ouve o que quer, mal entendido: fosse o outro do cinema, Viste a carta que escreveu à mulher?, Sim, esqueceu-se da Gina quando foi ao pito à empregada, ou dizem cu foi assim:
Acabou mal, com os convivas de cu para o ar a procurar o brinco, vivas ao Rui, que o encontrou.,
Fosse o outro, o do cinema, de cu para o ar, só a aviar cartucho!
Um brinco.
E é assim, Vítor, um dia da caça: os outros?, são sempre caçadores.
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