quinta-feira, 11 de junho de 2015

Cena # 567 - Mãe Há Só Uma.



O Manuel foi uma glória Vitoriana,
Pé canhão e pé de atleta,
O que eu era
- Joguei com o Graça...
O que sou,
Desgraçado, sem graças à diabetes...


Histórias, muitas, da bola e das bolas,
Uma vez...

Juvenil,
Seria do Natal, o árbitro passou cartão e mandou três para o duche,
- E ainda não viu nada...
E ele, tão pouco,
O Zarolho, (re)conhecido pala maldade, presenteou-me com um pontapé no olho, julgou-me igual a ele:

A minha mãe, que estava de olho nele, saltou, de imediato, da bancada: raiveceu uns piropos ao fiscal de linha, e um pontapé ao cegueta que
Revirou os olhos agarrado aos tomates e, ainda por cima, levava com a mala na cara...

- Mãe, Mãe!
Cegou. E chegou-lhe mais algumas.



Reviu-o há dias, ao Zarolho que já não é o mesmo, a diabetes roubou-lhe o outro olho,
Pediu-me desculpa,
- E eu, desculpa pela minha mãe...

Mãe, há só uma, e há cada uma,
- C'um caralho, Manel!, Foi mais de uma semana a pôr sacos de gelo nos tomates!!





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