segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cena # 572 - No Banco de S. José.



Encontrei-a no restaurante,
Eu a dar ao dente, ela à língua: há muito que não a via, desde os tempos das partidas de S. José...

A Carla. Quando chegava para o banco, já tinha, nas pernas, vinte e quatro horas do banco anterior, para ganhar mais uns trocos,
- Continuo na mesma...
- Com essa disposição!
- A toque de benzodiazepinas...
A pastilha. À altura, resolvia.

A Carla era  colega aplicada, rainha da reinação,
A moedeira denunciava-a: subia para a maca e embuchava um ou dois rebuçados e vá de ressonar, escondida numa das salas...
Nem dava por nada, na roda-viva do banco de S. José: conduzíamos a maca ao corredor principal e, por lá, roncava, de boca aberta, noite fora, no meio dos doentes!

Passado o banco, passava no bar,
Nós a dar ao dente, ela à língua,
- Vocês pagam...
- Está certo., Café, Carla?




0 comentários :

Enviar um comentário

 
;