A vida é um ciclo de feras, comem-se uns aos outros,
O Abílio enrosca-se na Pêpa, dizem os linguados que se monta no Leitão,
Ele e a Isabel saem juntos, do motel, é escuro,
O Chico nem sonha, perde as noites a descoberto dos bancos do hospital e, por isso, há falta de médicos: ela a entrar com tudo no motel, ele a comer a Marta, morra farta do Abílio,
Não vem mal ao mundo, na falta o Abílio salta no Chico-esperto, não perdem o comboio.
O José parecia o Agostinho quando entrou pela urgência: de amarelo, da cabeça aos pés,
Sem pedalada, urinou para o frasquinho e deu vinho do Porto,
Se em cinco minutos se faz a coisa, cinco dias internado, o que não se faz com a coisa,
Voltou à médica de família,
- Doutora, tive a Patite e, depois, fiquei com a Terícia!
Estão bem um para o outro: ele, bilioso, ela amarelo-chinoca, por certo, atravessada...
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