terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Cena # 426 - Mas Nem Por Ela.



Foi por ela que eu já danço a valsa em pontas
Que eu passei das minhas contas
(...) Foi por ela que eu passo coisas graves
E passei passando as passas dos Algarves
Com tanto santo milagreiro todo o ano
Foi por milagre que eu até nasci profano.
                                            Fausto, Foi por Ela.



Fá-lo, leia-se falo: falar e fazer não são a mesma coisa que
Falo: algo parecido com o menir de Reguengos,

A Leonor agarrou-se ao verbo:
- Lês o trabalho de Ética?,
Corrige o que entenderes,
Desentendemo-nos, mal preguei olho.

Excelente, mais vírgula menos exclamação, a Leonor escreve melhor do que eu,
Valores, qualidade ou aquilo que vale, princípios, ativo e passivo, consimtimento informado e é porque estão de acordo, cuidar do Outro,

Ninguém cuida de mim: levei a professora de Ética para os lençóis, feiarrona mas melhor que o padreco de Moral e Religião do liceu, separando as águas enquanto afastava os baços,
- Exame, amanhã!
Um pesadelo: nunca a vira antes, aparece esta abantesma a azaranzar-me o sono?!,
Voltei à faculdade e preciso da cadeira para sair do quarto, pesadela o meu que a Leonor só falta asas para levitar...

Acordei, noite
Maldita a prova mais a professora de Ética que a pariu,
- Para a próxima, mesmo que jures amor pela Nossa Senhora das Caldas, falo tu!





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