terça-feira, 15 de abril de 2014

Cena # 240 - Aquela Coisa do Quem Quer Ser Milionário...



Ao sms das dezasseis e quinze desmobilizei,
- Falhei no dedo rápido, obrigado!
Também eu...

Quem quer ser milionário?: é como as gajas boas, só sai aos outros,
Fui selecionado, telefonou o meu primo Paulo, Dei o teu nome, sabes  umas coisas mais que não seja de medicina, E mesmo essas..., Devem ligar-te deste e daquele número, ligam-me e eu fico satisfeito.

Não calha mas enfim, sabia de antemão que tinha duas autópsias para a manhã, os mortos não ajudam e eu, no computador, nada, afogo-me,
Exames de Trabalho e mais trabalho nas Juntas, só vim à superfície para meter o tubo de fora e aliviar a bexiga.

Mais um telefonema, Já não tenho mãos para isto, Ai o meu primo!,
Cai o instrumento, salta-me a pilha e o visor tem agora um Z, dizem na loja que está partido, está giro, parece o telemóvel do Zurro,
Junto as peças, não o puzzle, Número Desconhecido, puta que pariu o Homem Invisível, fosse conhecido tinha eu atendido! 

Mas imaginemos o (a)normal: agarrado à coisa e à coisa em voz alta, Olá, boa noite, e são quinze horas, Sabe quem fala?, Daqui é a Manuela!, Claro, aguardava o seu telefonema..., O que está a fazer?.., é preferível permanecer na ignorância ou fala para o boneco,
Tem a mania que é esperto, pensariam os vizinhos da rega, desconheço o que conhece da coisa mas o Super-homem não é, a avaliar pelo telemóvel.







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