É domingo, a Leonor madrugou a caminho do hospital e a tribo já me testa o sistema nervoso central.
- A sair, para o pequeno almoço!
Aí vai o trio maravilha, o Vasco inseparável do seu ursinho, mais baba que pêlo, o Tomás segurando uma tartaruga e o Simão que não larga a maca, sim, aquele estrado erguido sobre quatro rodas amarelas, da ambulância que teima em apitar à noite.
Pelo carro, tudo se inverte: o Vasco cobiça a chupeta do Simocas, o Tomás descobre ao quelónio, bico e escamas, o Simão reclama a tartaruga das mãos do Tomás, quem não chora não mama e ele chora muito... A malta insiste, o Tomás desiste e o Simão ostenta, alegre, o troféu!
- Paiiiiiii, a maluca, a maluca!!
Sentados na esplanada da Praça do Bocage, razão tem a Leonor
- Não quero brinquedos à mesa...
o Tomás lembrou-se de meter o ursinho com a tartaruga na cabeça, sobre a maca, a fazer skate...
O Vasco contestou:
- Pai, o Tomás está a estragar as rodas!
O Vasco não se fica, nunca se fica, mexeu e remexeu, lá colocou o plantígrado e a maca, sobre a tartaruga. Estava orgulhoso e visivelmente satisfeito!
A vingança serve-se fria...
- Pai, olha a tartaruga! Coitada, já carrega com a casa, agora também leva com o urso e a maca às costas!
Entenderam-se: o ursinho segurava, agora, a maca e a pequena tartaruga! Mas o Simão discordou, há muito que reclamava a sua parte, leia-se, insistia no ursinho... Tentou alcançá-lo, os pés chegaram primeiro, o caldo e o galão entornados e os pombos a debicarem as nossas belas torradinhas!
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