La Reina Nuestra Señora de Los Angeles é multípara, mãe de oitenta cidades, multilingue e um caldo de culturas,
El Pueblo com meio milhão de mexicanos na rua no Cinco de Mayo, mariachi, burritos e tequila, a comer desalmadamente e o Dia de Los Muertos que visitam os vivos, guatemaltecos e salvadorenhos, massa e judeus,
A Nissei na Little Tokyo, taiko, dojos e carros alegóricos, tempura e tem paciência, os chineses que chegaram aos magotes para a corrida ao ouro, mexilhões de lábio verde, hambúrgueres de quase tudo. E também de vaca.
Los Angeles é boa onda, as primeiras surfadas em Malibu em pranchas de madeira, as baleias-cinzentas ao largo de Palos Verdes, fun fun fun, Beach Boys e Califórnia girls, good vibrations...
E más ondas, dos terramotos, as P. e as L., R. e S., filhas da P.
Harleys e Cadillacs, Batmobiles e drive-in.,
Estrelas, ninguém vai lá para ver o filme: L.A. respira sétima arte e vomita estatuetas, folheadas a ouro
(ao tempo da Segunda Guerra, em gesso, pintadas douradas e o famoso letreiro no Mount Lee não engana, já foi, por brincadeira, Hollyweed...)
O autocarro, colado de telefones de advogados, deixa-me em Santa Monica,
Yacht Harbor * Sport Fishing * Boating * Cafes
No pontão sobre estacas, cresce a animação do Pacific Park: a roda gigante e a vista noturna, a montanha-russa de cinquenta e cinco pés e não meti os meus, carrinhos de choque, e o carrossel com os cavalos esculpidos em madeira, Newman e Redford, A Golpada, aí rodada.
Uns copos na Companhia do Camarão, The Bubble Gump, a companhia não era a melhor, o preço, foge Forrest, foge!
Pedalei na marginal de palmeiras, em Venice, muito circo e borboletas, monarca e mais das outras, quadricípetes nos braços, this is L.A., a imagem vale mil palavras...
A fama não se mede aos palmos, a Sunset Boulevard serpeia pela montanha, desde a Figueroa à Pacific Coast Highway.
A Beverly Hills cresce em torno da Rodeo Drive, Lalique, De Beers e Valentino. E os famosos bangalós do hotel, local de encontro de Marilyn com os Kennedy, o pecado mora ao lado.
Quanto mais quente melhor,
... from Los Angeles, Califórnia, os Doors: Yeah, keep your eyes on the road, (...) we're gonna have a real good time, (...) they got some bungalows, (...) the future's uncertain, and the end is always near...
Ou Magritte e o genial cachimbo no LACMA: nem a palavra, nem mesmo o desenho são garante que o objeto exista...
A Strip, milha e meia despida de preconceitos, antes fenómeno de contracultura, hoje de coisa boa: à Amoeba, cresceu-lhe pseudópodes, muito vinil e mais cê dês, música ao vivo na House of Blues, um copo no sky bar do Mondrian, poiso de artistas, o Passeio da Fama e o Teatro Chinês, mãos e pés, alguns de barro, no pátio cimentado, o glamour do Chateau Marmont, em L e ao estilo do Loire, where will you be laughing tonight?, a Comedy Store, of course!
- x x x -
- Gostaste de Los Angeles?...
Os estúdios da Universal, faz de urso na boca do tubarão e a entrar no Notting Hill, inchou-me o joelho e, de andar robotizado, pagavam-me figurante no Jurassic Park.
No IMAX 3D, passava o Shrek...
- No photos!
O tuga finge o inglês e vá de filmar o burro aos saltos. Aos saltos na cadeira, o burro só percebeu quando
- Tudo às escuras, imagina o foco de luz sobre mim, e o zurro do bicho...
NO PHOTOS !
- Connosco foi diferente... - lembrou o Nuno.
Isla Mágica, com a Dina, os sogros e os miúdos, óculos enfiados no filme 3D: S. Francisco, o piano saltava, atrelado ao carro. Naquilo desprende-se o piano, salta o condutor para o piano que desce vertiginosamente, ziguezagueando, colina abaixo.
- Fernando!, Fernando!! - gritou a sogra, ao marido.
- Avó, tira os óculos!!
- Quais óculos!!, Salta lá para cima Fernando, que o homem mata-nos a todos!!!
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