I
Pastámos no Ibo, o templo moçambicano do Cais do Sodré,
Deus mora aqui, posso prova-lo: o caril de caranguejo, os camarões à Laurentina, o chacuti de cabrito e a galinha com amendoim, a mousse de menta...
Deste mundo e do outro: a passadeira-luar a pratear o Tejo, a doce marejada e a ponte que nos eleva às iguarias das Quirimbas...
II
Mi perto di bô, bô junto de mi
Ess nôs amor nascê dum loucura,
Mim pam vivê, ê sô di bo carinho
Ma di rijo, e di bô ternura
Ai s'el faltam, mim vam morrê...
B.Leza, morabeza,
Bu é sabi: a morena é boa e com o rabo sacode a cara do Edgar que está bem sentado, sentidos naquilo e as bochechas ao rubro,
É precisa mãozada, violão e ferrinhos: são mornas vou ali e já venho, reco-marreco,
São precisos dois para dançar o funaná, a Leonor encheu a sala, cada um é para o que nasce, nasci kuduro.
Hora di bai, o B.Leza não é para gente acanhada,
O Nuno reconheceu-o ao balcão,
- Você é o gajo da novela sobre Setúbal!,
A mestiça de olhos verdes atirou-se, gata a bofe:
- Não se envergonha?, Chega-lhe a roupa ao pelo, tranca-as e jura que vai para o mar, e eu a vê-lo, aqui mesmo, agarrado à cerveja!
E não viu o resto...
Si bu sibi kuma bu tene karanga, ka bu tai na metadi di jinti (provérbio crioulo: tens piolhos, não te mistures com os outros)
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1 comentários :
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