quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Cena # 387 - O Adeus ao Coronel.



É um galo que é dinheiro em caixa. - disse o coronel - Vai dar-nos de comer (...)
           Ninguém Escreve ao Coronel, García Marquez.


O coronel Gomes mora no terceiro direito,
Respeitado e mais respeitador, reformou-se do exército há uma dezena de anos
(não aguarda a pensão, vê-a subtraída, ano após ano, e ninguém apostava nisso, que galo!)
Polido e afável, serviu acoli e acolém,

O léxico do Simão baralhou e voltou, condensado em três palavras: xixi, cocó e cagão,
A começar por ele...

Descemos no elevador, três mochilas e, comigo, quatro miúdos; o elevador estancou no terceiro,
Insisti para o coronel se sentar ao meu colo, o que educadamente declinou,
Fez mal.
- Bom dia, amigo! - desejei-lhe,
O Simão é que não anda de cerimónias...
- Então, adeus, meu cagão!

1 comentários :

Ana Santos Bravo disse...

Que cena pá!!! Como as crianças são genuinas....

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