A feira fechou as portas,
Vadiámos sem hora e sem rua, os mosquitos sobrevoavam de berbequim em riste
(felizmente perfumados do repelente amarelo)
Às oito e meia, os miúdos berravam por sólidos; parolice, chegados da parvónia e o que quiserem, gostamos daquele frango repleto de pó, das batatas e da salada que espreita da travessa e da safada sangria mal amanhada!, entretanto...
O Simão mostrou do que é capaz: frango e batatas pelo ar, calças e vestidinhos catitas de ir à feira, manchados de sangria...
- Que inferno! - irritou-se ela - nunca mais o trago à feira!!
- Pelo contrário, antes aqui do que em casa: partia a louça e caminhava pelo teto!
"Sai sempre grande!", das cadeirinhas voou uma dentadura: "A adrenalina é brutal!!" "Mais uma voltinha" para a apanhar,
Despachámos churros e malhámos na ginjinha, há que levantar a moral e a glicémia, fosse tudo saudável e não fazíamos cá nada.
Enfim, não é para ter vergonha, estamos em casa,
O Simão exibia alegremente a camisola mais gira da feira, azul com letras gordas que mandei imprimir:
"O MEU PAI É DONO DESTA MERDA TODA"!
É mentira: estamos cá por empréstimo.
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