Foi ontem, domingo,
Acordo ao batuque dos índios esqueço as gotas e já temo os três, no banco de trás, farnel aos pés, a caminho do jardim zoológico,
O Vasco e o Simão são gémeos nem de signo, importa que não pague, o Tomás com seis não passa pelos dois.
Búfalos, bisontes e rinocerontes, mais corno menos corno, estendi a folha à linguaruda girafa, Não alimente os animais: Como?, Se estes gajos não param de dar à matraca!,
Os leões ressacavam o jogo da véspera, os ocapis,
- Os únicos parentes vivos das girafas, Tomás.
- Não têm mais ninguém, papá?...
O Templo dos Primatas: orangotangos, gorilas e chimpanzés aguardavam-nos para os conhecermos e para a incontornável foto de família...,
A hierarquia dos babuínos é dominantemente masculino, certo, somos quatro em casa, deslocam-se ordeiramente, em fila, errado e, no caso de ataque, os machos assumem a defesa do grupo,
Mais faltava, teimam no urso-formigueiro, para nós, mesmo sem acordo, o simpático papa-formigas; para o Vasco, maníaco das limpezas,
- É um aspirador, pois é, papá?!
Pinguins, focas e leões marinhos, koalas e cangurus, o Simocas adorou a quintinha com os quaquás, os memés e os cocorococós, tinha ficado a tratar dos calheus da avó Maria,
Baía dos Golfinhos, primeira fila e o bónus: os golfinhos a agradecer com a cauda e o Vasco a dançar naquele jeitinho kuduro e a baixar os calções para o público que aplaudia e a brindar a audiência com um belo repuxo,
Hora de sair, as suricatas, em fila,
- Adeus!
Apadrinhe um animal selvagem,
- Já tenho três,
Chega!, Sou um crocodilo!, E eu um leão!, Pai, o Simão quer ser o leão..., Então, fico com a girafa,
Queriam ver os aviões e aterrado fiquei eu,
Entrei na Vasco da Gama e espreitei o retrovisor. E já o Simba, o Pintas e o Crocas dormiam de boca aberta.
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