sábado, 15 de setembro de 2018

Cena # 1880 - No Dia do Bocage.




Foi há duzentos e cinquenta anos:

Naquela noite do Natal de sessenta e quatro, o José Luís, Juiz de Fora, despiu-se de leis e do resto, e arrastou a Mariana Joaquina para a marmelada,
Saiu dos carris, na altura nem esta nem aquela ameaçavam greves: o espermatozoide Manuel Maria, espírito traquino e traquejado, pulverizou a concorrência, sem fôlego,

Bocage é repentismo, cáustico e demolidor, confissão e arrependimento, angústia e deleite, erotismo e voo, morte e liberdade,

Pô-lo na ordem, é fácil: depois de Camões e antes de Antero, sem sonetistas à altura.
É eu. Habita em nós,
É um dos nossos:



Incerta noite, travou-se de razões no Botequim das Parras,
- Vá bardamerda e para a puta que o pariu! - lembrou-lhe o outro, a família.
- Vamos lá dividir as coisas!: vá você bardamerda e eu vou para a puta que o pariu...








0 comentários :

Enviar um comentário

 
;