segunda-feira, 12 de março de 2018

Cena # 1690 - A Lógica de Lavoisier e o Canhoto Que Não É.


- Bom dia, pessoal trabalhador!
O Vítor chegou bem disposto, a noite correu-lhe mal, dormiu melhor.,
As funcionárias da Segurança Social, atafulhadas no papel que não levam para casa, nem notaram, é muita gente de baixa e outra tanta, doente.
- Desculpem se ofendi alguém...

Sala cheia.
Um.
Nunca lá pus os pés, suponho que se está bem com os presuntos a chapinhar na água tépida dos Cayos, chapéu de palha e margarita.,
Na cigana, as palmas das mãos desapareceram para as placas psoriáticas: que sina!, as plantas dos pés, orográficas,
Virei-me para o marido,
- Praia com ela, Francisco., Com o sol, melhora!
- Para Cuba! - adiantou o Vítor - preguiça, charuto e camisa às flores, com os peixinhos a bicar os pés...
E quando estiverem bem gordos e o serviço terminado, é juntar a salada...,
E batata, é a lógica de Lavoisier e do cigano, tudo se cria e se transforma.

Dois.
Entra o senhor Canhoto P, de pasteleiro, é esquisito, já se viu: tendinite do ombro e cotovelo direitos, os que tem mais à mão, é canhoto e não dá jeito, que seja,
- Um prejuízo enorme, doutor: nunca mais fiz massa!

O Vítor, por vezes é bode e amarra o burro. Não foi o caso: convidou as funcionárias ao café,
- São quatro cafés: em chávenas separadas, por favor!








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