Mais ou menos:
Hoje é dia de Bruce no Rock'n'Rio, e vão trinta anos desde a primeira vez que o vi, no Vicente Calderón.
Agosto de 88.,
Saímos de Setúbal à tangente, pelas oito da manhã: a Extremadura ardia, passava qualquer coisa dos quarenta e o R 5 do Calhotas também, sem quarta nem ar condicionado, e com cinco marmanjos acotovelados no interior, bem visto (,)
Para dividir despesa. Trocadas as pesetas junto ao Esperança, para não pagar taxas, três mil voaram para o bilhete e o que sobrou,
O Calhotas imitava o Boss: o que esbanjava em músculo e em esteróides faltava em jeito. Cria que ganharia a vida a cantar para grandes multidões. O Jolly também queria. Foi locutor por uns tempos, o banho na central de Almaraz e a radioatividade, trocou-lhe as voltas: nunca passou nada do Calhotas.
O concerto,
Diga trinta e três, as músicas!, ninguém esquece: dormimos no parque de estacionamento, no Renault e, por isso, era 5, com o Calhotas a ressonar, abraçado so volante.,
Quisemis saor mas a porta do pendura não abria, de soldada que estava. Acordou o boi à terceira buzinadela, a marrar com a malta que não tinha pregado olho,
- Foda-se, assim ninguém consegue dormir!
O cabrão era um doce, tenho saudades, churros e chocolate quente, e a coisa aqueceu de novo,
O radiador deu o último suspiro e o resto da viagem decorreu sem incidentes. No carro do Xico, que nos apanhou em Vendas Novas.
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