quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Cena # 1839 - O Rei do Apalpão.


Há muito que o Paulinho não aparecia no consultório., Lembrei-lhe a anedota, sabes aquela?: Sorte teve o outro, comeu e não pagou...:

O casal entrou abraçado na ourivesaria. Alforriou a amada, e esta, decidiu-se pelo anel de quatro dígitos.
O ourives, antes simpático, cerrou os lábios e torceu o nariz ao cheque...
- Percebo a sua relutância, sexta à tarde e tanto cheque careca... Proponho-lhe, pois, o seguinte: guarda o anel e fica com o cheque. Na segunda desconta-o e envia o anel à senhora!
Segunda de manhã e o telefonema do joalheiro:
- Lamento, mas o cheque...
- Sim, não tem provisão e isso já eu sabia: pode rasga-lo que já comi a gaja!



Carnaval de oitenta e quatro, em Sesimbra: pavilhão lotado, samba e ligas nas bancadas, frango e batatas nas mesas, condimentado pelo suor que, em fio, estalatitava do teto.,
Não é o carnaval porto-riquenho de Notting Hill mas é nacional, é nosso e é bom, mulheres e mulhericas aos magotes, a fazer fé na indumentária...

Entre bichas, trichas e barbichas, metade chama-se Zé Carlos, tudo tende ao equilíbrio.
Desconheço como começou mas lembro bem como acabou, pelo menos para mim: o B provoca o A e o A não gosta, replica e empurra e o B passa-se e a cerveja entorna, torna ao A,
Enfim, o bê-á-bá da pancadaria. Na darandina, enterraram-me uma cadeira no cachaço e vi, pela primeira vez, o Cruzeiro do Sul, da Praça de José de Alencar.

Pior esteve o Paulinho, o Rei do Apalpão e da Fanfarrice, muita lata mas pouco magnetismo: obsidiou a morena de cabeleira farta que tamanqueava, frenética. Palavra puxa palavra, palavra que o vi afiambrado à bicha, mão por ali abaixo e por ali acima, corou com(o) os tomates e a banana do Machico na mão e era dela, fruta da época…









 

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