quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Cena # 1620 - A Leonor, a Fazer Amigos.


Paris, 4.

Nas Tuileries o tempo corre devagar, ao sabor do vinho, recostados à beira do lago.

É um museu ao ar livre: o beijo de Rodin,  mulher de bronze ao sol, de Moore, as esculturas do surrealista filho do impressionismo de Giacometti e de Ernst que (só por acaso) despontou a Peggy Guggenheim, ou o humanoide de Dubuffet.


O marfinense vende réplicas de palmo mal amanhado da torre Eiffel e gorros para o frio, que (não) vem a calhar:
Regateado, estende o preto à Leonor,
- Não gosto de pretos!

Ele percebeu. A Marie Leonorre não percebeu que ele percebeu: ele percebeu.


Já tarde, no Cafe de Flore, o Paulinho das Feiras assentava cu na mesa ao lado
- Vê lá, vemo-lo aqui, no café! - exclamou a Leonor - Era um gato!
- E um Jaguar...

Ele percebeu: há feira nas Tuileries. Mas não rende votos.










1 comentários :

Anónimo disse...

Por favor retirar o nome de Leonor nesta publicação

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