Paris, 4.
Nas Tuileries o tempo corre devagar, ao sabor do vinho, recostados à beira do lago.
É um museu ao ar livre: o beijo de Rodin, mulher de bronze ao sol, de Moore, as esculturas do surrealista filho do impressionismo de Giacometti e de Ernst que (só por acaso) despontou a Peggy Guggenheim, ou o humanoide de Dubuffet.
O marfinense vende réplicas de palmo mal amanhado da torre Eiffel e gorros para o frio, que (não) vem a calhar:
Regateado, estende o preto à Leonor,
- Não gosto de pretos!
Ele percebeu. A Marie Leonorre não percebeu que ele percebeu: ele percebeu.
Já tarde, no Cafe de Flore, o Paulinho das Feiras assentava cu na mesa ao lado
- Vê lá, vemo-lo aqui, no café! - exclamou a Leonor - Era um gato!
- E um Jaguar...
Ele percebeu: há feira nas Tuileries. Mas não rende votos.
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