quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Cena # 1505 - Santos da Casa...


Gosto de gente com alma, que a artrose não atrapalha o espírito.
A Fatinha fez anos, parabéns-e-para-males, recusa contá-los. O telefone não parou.
- Era a minha tia, irmã da minha sogra...
Afinidade e a fim de, mas não tão depressa: enviuvou há cinco anos e as propostas sucedem-se,

Sucede que parar é morrer:
- Dona Graça, posso convidá-la ao café?...
Assim foi, ao balcão do supermercado,
O Santos, primo do primo afastado do marido, não perdoa a Cristo,
Pegou-lhe a mão,
- Dona Graça..., Tenho um pequeno apartamento em Tavira e muito gostava..., Podíamos passar o fim de semana!
Pense e diga qualquer coisa,

Acelerou demais, coluna septuagenária (não) está ali para as curvas. Insistiu, três dias depois,
- Não, senhor Santos., Fica sem Graça, as pessoas iam comentar...
- Não sabiam., Nem eu sou bicho-papão., Não ia comê-la!

A graça voltou a si, concluiu à Fatinha,
- Se não me vai comer..., Vou gastar gasóleo e portagem só para ver a paisagem?...





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