Há pouco Barcelona, e o que se seguirá:
Julgamo-nus perfeitos?: o rei vai nu...,
Interviemos no Iraque, faltavam as provas, sobram as provas: não resolvemos nada e as células terroristas multiplicaram como cogumelos. Filhos da puta: o mundo ficou pior.
Pretos, de raça negra, por (h)ora, melanodérmicos,
Má raça a nossa, nem de-feitos apontamos,
Tutsis e hutus, o Ruanda, o Uganda e o Darfur, sikhs e hindus, Tienanmen, Li Peng, limpopó e limpa o sebo e o Tibete genufletido à lei marcial, a doutrina Truman e o apoio incondicional ao povo vietnamita, o massacre de Santa Cruz,
Eles que são brancos que se entendam: as camaras de gás e as valas comuns de Shatila e Sabra, teutonismo e a Terra Prometida, jogo de cintura e Pio XII a aparar o jogo, Bê vinte e nove, joystick e guerra limpa, julgamentos fantoches e campos de educação estalinistas, Karadzic e Pinochet,
O e a Ira, Domingo Sangrento, em nome do pai, onze de setembro e Setembro Negro em nome do fundamentalismo, a noite de cristal e o natal de Ceausescu, a Guerra Santa,
Os muros, de Berlim e o paralelo trinta e oito.
Acontece aos outros.
Wiriyamu, Moçambique, setenta e dois, Operação Marosca,
As palhotas queimadas,
Mulheres, crianças e idosos, ninguém foi poupado: nem mesmo os fetos...
Autopsio, mas escuso-me aos pormenores da barbárie, que me enojam.
Caim matou Abel, todos descendemos de Lucy: somos farinha do mesmo saco.,
A questão não é denunciar: certo, é a certeza com que (des)apontamos os outros com demasiada facilidade...,
Todos temos telhados de vidro: se ninguém atirar pedras, ninguém se molha.
A História escreve-se a preto e branco. A esperança é verde, quem sabe um dia..., a pintemos de amarelo,
Ontem Barcelona, e o que se seguirá.,
Não acredito em nada: só acredito que podíamos ser bem melhores.
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