O Petit tinha um T1 mobilado, no cento e setenta e seis da Fran Pacheco, nas traseiras do bar Caracol: na sala, a papeleira e o canapé, a pé, passava um de cada vez, um quarto onde se trepava diretamente à cama, encostada à porta porque, na casa de banho, não dava para as porcarias que estão a pensar,
As paredes têm ouvidos. Não falam e ainda bem,
Há trinta anos era um rodopio: sem telemóvel, as coisas eram combinadas em cima e por entre os joelhos,
O primeiro a chegar, estendia o pano da janela...
Não demorou até que os empregados do Caracol, de joelho fletido, encostados à parede, fizessem do circo, espetáculo: chegados, o palhaço e a domadora de cobras, encostados à parede, houvesse um buraco e só por isso subíamos,
Aposto que apostavam entre si, quem demorava mais, inabilidade ou conversa da teta, ou quantas eram,
De gritos!,
Contar é fácil: o pano ficava na janela...
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