quinta-feira, 20 de março de 2014

Cena # 217 - A Dor: Cada Um Toma A Sua.

Doutor, tenho uma dor que passa daqui para ali, outra que passa do ombro para a mão mais outra que passa do pé para o coração.
Concluo, tem uma dor passageira. Recorresse à acupunctura, virava boneco vudu.

Toda a gente se queixa de ter alguma coisa, toda a gente se queixa de não o ter, nos bolsos. É um país de queixinhas e queixosos. Até o insuspeito Zé Fragoso, artista da chicha e do caneco, queixo prognata e alcunhado, se ergueu, hirto no meio da assistência, quando o meritíssimo solicitou que se levantasse o queixoso!

Levantam os tacos e ressonâncias, dor de cotovelo e dor de burro, dor, cada um toma a sua, doravante será pior, tomam as dores do outro.
O marido arranja outra, dor de corno.

Chutou com o pé que tinha mais à mão, exclamava o sábio Gabriel, linhas de passe, não passou no exame da quarta.
Entra a G, trinta anos, fibromiálgica, deve ser da Zon lá de casa; mais parece uma balança, pesada a coisa é de considerar pouca, menos mala e mais sacos com exames, andam a descobrir...
- Já percebeu: o meu calcanhar de Aquiles é a coluna!

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